Sintomas e diagnóstico da alfamanosidose

A alfamanosidose é uma doença progressiva, altamente heterogênea, difícil de reconhecer e, portanto, é provável que seja subdiagnosticada.​1

Uma vez que os principais sintomas da alfamanosidose, como características dismórficas, disostose e deficiência intelectual , são compartilhados com os sintomas de muitas doenças de depósito lisossômico como a mucopolissacaridose (MPS), um diagnóstico diferencial com outras doenças de depósito lisossômico, especialmente a mucopolissacaridose, é um desafio e, portanto, um teste diagnóstico rápido e confiável é crucial.2,3

Symptoms and diagnosis of Alpha Mannosidosis

Um estudo com 1010 indivíduos, suspeitos de MPS com base na avaliação clínica, investigou a atividade da  α-manosidase em amostras de sangue previamente testadas para seis tipos diferentes de MPS.3 Os resultados mostraram um número de casos de alfamanosidose superior ao esperado, sugerindo que a incidência da doença pode ser maior do que se pensava anteriormente.3

Portanto, para pacientes com suspeita de MPS, mas com um resultado negativo no teste de MPS, é fortemente recomendado o teste subsequente de alfamanosidase.3

Sinais e sintomas de alfamanosidose

Em pacientes com alfamanosidose, os sinais e sintomas variam de pessoa para pessoa. Em geral, os indivíduos afetados podem ter:4

  • deficiência intelectual;
  • características faciais distintivas;
  • imunodeficiência;
  • deficiência auditiva;
  • anomalias do esqueleto.
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As características faciais podem incluir:2

  • cabeça aumentada;
  • testa proeminente;
  • sobrancelhas arredondadas;
  • ponte nasal achatada;
  • mandíbula protuberante;
  • dentes muito espaçados;
  • gengivas crescidas;
  • língua grande.

Gravidade da alfamanosidose

De acordo com a gravidade dos sintomas, pelo menos três tipos clínicos de alfamanosidose (leve, moderada e grave) têm sido sugeridos.2,5

Tipo 1

FORMA LEVE

Uma forma leve, clinicamente reconhecida após dez anos de idade, com ausência de anormalidades esqueléticas e progressão muito lenta.2,5

Tipo 2

FORMA MODERADA

Uma forma moderada, reconhecida antes dos 10 anos de idade, com presença de anomalias esqueléticas, progressão lenta e desenvolvimento de ataxia aos 20-30 anos de idade. Esta é a forma mais comum.2

Tipo 3

FORMA GRAVE

Uma forma grave, imediatamente reconhecida com anormalidades esqueléticas, e progressão óbvia, levando a uma morte precoce devido ao envolvimento do sistema nervoso central ou miopatia.2

Apesar desta classificação, dada a variedade de mutações documentadas, a ampla gama e gravidade dos sintomas, e nenhuma relação clara entre genótipo e gravidade da doença, a alfamanosidose é clinicamente considerada como uma doença progressiva, de leve a grave.2, 4,6

Diagnóstico da alfamanosidose

O diagnóstico precoce da alfamanosidose é fundamental para o início adequado do tratamento e para a minimização dos sintomas progressivos.1,7

Suspeita-se de um diagnóstico de alfamanosidose com base na identificação de:2

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deficiência cognitiva
e intelectual
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alterações
esqueléticas
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perda
de audição
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infecções
recorrentes

Além disto, também uma avaliação clínica completa e uma história detalhada do paciente representam elementos-chave.

Os métodos de diagnóstico úteis para a identificação da alfamanosidose são:

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Oligossacarídeos na urina 2

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Atividade da α-manosidase 2

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Teste
genético 2

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Exame de sangue periférico 2

Devido à dificuldade de diagnóstico precoce e à falta de diretrizes internacionalmente reconhecidas, em 2019, um grupo de trabalho internacional de especialistas reuniu-se para estabelecer um algoritmo que ajude os clínicos gerais e especialistas (metabólicos e não metabólicos) a alcançar o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível.7

  1. Verrecchia, E. et al. Caregivers’ and Physicians’ Perspectives on Alpha-Mannosidosis: A Report from Italy. Adv Ther 38, 1–10 (2021).
  2. Malm, D. & Nilssen, Ø. Alpha-mannosidosis. Orphanet Journal of Rare Diseases 3, 21 (2008).
  3. Wiesinger, T. et al. α-Mannosidosis – An underdiagnosed lysosomal storage disease in individuals with an ‘MPS-like’ phenotype. Mol Genet Metab 130, 149–152 (2020).
  4. Beck, M. et al. Natural history of alpha mannosidosis a longitudinal study. Orphanet J Rare Dis 8, 88 (2013).
  5. Borgwardt, L. et al. Applicability of alpha-mannosidosis classification by phenotype severity in a patient cohort participating to velmanase alfa clinical trials (P-380). J Inherit Metab Dis 41, S37–S219 (2018).
  6. Borgwardt, L., Lund, A. M. & Dali, C. I. Alpha-mannosidosis – a review of genetic, clinical findings and options of treatment. Pediatr Endocrinol Rev 12 Suppl 1, 185–191 (2014).
  7. Guffon, N. et al. Recognition of alpha-mannosidosis in paediatric and adult patients: Presentation of a diagnostic algorithm from an international working group. Molecular Genetics and Metabolism 126, 470–474 (2019).

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